Dicas para Mamães
5 min
Olá mamães! Todos já tivemos pesadelos algum dia – ou em alguma noite. Isso é normal. Porém, é preciso saber diferenciar o pesadelo do terror noturno, fenômeno muito comum em crianças de 5 a 7 anos. Hoje o blog da Fabee Store traz dicas para você diferenciar as ocorrências e saber como lidar com isso.
Os pesadelos são sonhos assustadores, acompanhados de muita ansiedade, o que, geralmente, faz a criança despertar. Algumas vezes, esse estado ansioso não pode simplesmente ser acalmado pelo carinho dos pais, e perdura por algum tempo, em que permanece o medo de dormir e sonhar novamente. No entanto, os pesadelos são episódios comuns e uma condição benigna e autolimitada, por isso, geralmente não é necessário nenhum tratamento específico. Para amenizar as ocorrências, é preciso evitar privações de sono e estipular horários, tanto para dormir como para acordar, para que haja uma regularidade.
O terror noturno pode acontecer com cerca de 5% das crianças, que dormem profundamente, mas não sonham. Constitui-se de episódios com início súbito, que podem ser de curta duração (um minuto) ou durar até meia hora. A criança pode gritar, chorar, apresentar sudorese, batimentos cardíacos acelerados e uma expressão de medo, além de não responder às tentativas de acordá-la ou confortá-la. Pode estar, inclusive, com os olhos abertos, mas sem perceber que você está ali. Dificilmente vai acordar por conta própria e, quando acordada, permanece confusa e desorientada por alguns minutos. O que se passou durante a noite não será lembrado.
Os sonhos são possíveis na segunda metade da noite, durante o chamado sono R.E.M. – rapid eye movement (movimento rápido dos olhos) –, que se dá no fim da madrugada. Por outro lado, o terror noturno só é possível na primeira metade da noite, antes que a criança atinja o sono R.E.M.
Se seu filho tiver um pesadelo, acalme a criança suavemente e mostre que você está ali, que está por perto, caso ela precise. Já se for um caso de terror noturno, não vai adiantar tentar acalmá-lo porque ele não está consciente. Simplesmente fique por perto e coloque a mão sobre ele para que não se machuque. Alguns também caminham adormecidos, por isso, é importante que não haja obstáculos ou objetos pontiagudos no quarto e o acesso a escadas e janelas deve ser bloqueado.
Espere a crise passar. Não é recomendado nem mesmo falar com a criança, nem pegá-la no colo – o que pode prolongar a crise. O episódio deve passar em 15 a 20 minutos, quando o pequeno se acalma sozinho e volta a dormir. Se os ataques forem frequentes, aconselha-se acordar suavemente a criança 30 minutos antes da hora prevista (entre uma e duas horas depois do adormecimento) – isso altera o padrão de sono.
A hipótese que tenta explicar o terror noturno é a de que tem a ver com o desenvolvimento do sistema nervoso central, em que o cérebro ainda não está suficientemente maduro para realizar a transição entre o sono e o despertar. Pais que falam à noite ou são sonâmbulos têm grandes chances de terem filhos com terror noturno. Já com relação aos ataques, há muita variação, desde dois eventos em uma semana, até casos que ficam um mês sem manifestar o problema. Ainda não há tratamento específico, mas esses acessos tendem a desaparecer na adolescência (às vezes até antes disso).
Lembre-se sempre de que tudo que tiver uma frequência muito grande mostra que algo não está bem. Nesses casos, procure ajuda de um especialista.
Confira abaixo as principais diferenças entre pesadelo e terror noturno:
Pesadelo
Idade de início: 3 anos
Sonho amedrontador
Ocorre na 2ª metade do sono
A criança desperta e está amedrontada
Pode ficar com medo e querer ir para cama dos pais
A criança pode se lembrar do sonho na manha seguinte
Terror Noturno
Ocorre em crianças de 5 a 7 anos
Criança parece aterrorizada, olhos arregalados
Ocorre 1 hora após o início do sono, entre meia-noite e 2h da manhã
Início súbito. Senta, grita, se debate
Não acorda. Após alguns minutos volta a dormir
Dicas para Mamães
5 min
Dicas para Mamães
3 min