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Ensinar finanças para crianças é um passo muito importante na educação. Afinal, saber como e porque poupar, controlar impulsos e entender de onde vem o dinheiro e para onde ele vai são conhecimentos que devem ser cultivados desde cedo.
Muitos pais possuem dificuldade em transmitir esses conhecimentos para as crianças. Pensando nisso, separamos algumas dicas valiosas de como ensinar finanças para crianças de uma forma fácil e até divertida. Confira!
Independentemente da sua situação financeira, falar sobre dinheiro pode ser algo sensível e desconfortável. Mesmo assim, as finanças devem ser abordadas com as crianças de uma forma natural e rotineira, assim como assuntos como organização e alimentação.
Porém, é importante lembrar que dinheiro é um conceito desconhecido para as crianças. Por mais que elas vejam os pais saírem para trabalhar todos os dias, acompanhem no supermercado e vejam as contas chegando pelo correio, elas podem não entender a finalidade disso tudo.
Por isso, dê exemplos práticos à criança. A partir dos 3 anos de idade já é possível começar a aplicar um dos primeiros ensinamentos: é necessário esperar para receber dinheiro. Planeje dar uma moeda para a criança por semana, para que ela coloque em um cofrinho. Usando um calendário, explique em qual dia ela receberá, nem um dia antes nem um dia depois.
A partir dos 6 anos de idade, a criança já entenderá melhor como funciona o ganho e o gasto de dinheiro. Esse é o momento ideal para introduzir o conceito de ganho recorrente de recursos.
As duas formas mais comuns são a mesada, dando uma quantia fixa de dinheiro para a criança por mês, e a semanada, a mesma quantia, porém dividida semanalmente.
Por mais que os meses sejam curtos em uma rotina de um adulto, é um período bem longo para a criança, principalmente quando falamos de planejamento. Por isso, a semanada é mais recomendada para crianças com menos de 12 anos.
No começo, dê alguns objetivos para a criança gastar o dinheiro. Pode ser o lanchinho na escola, a compra de um gibi ou um sorvete no final de semana. Assim, o processo de planejamento acontece naturalmente e sem grandes dores.
A semanada também dá maior espaço para o erro, parte importantíssima do processo de aprendizado. Por exemplo: se a criança gastou todo o dinheiro logo no começo da semana, explique a importância de poupar e planejar como e quando gastar a semanada. Na outra semana, converse novamente e a ajude nesse planejamento. Para que a estratégia dê certo, não dê mais dinheiro quando a quantia for totalmente gasta. A criança precisa aprender que quanto mais gasta, mais rápido fica sem seus trocados.
Aos poucos, é possível mostrar que o dinheiro não gasto se acumula com a semanada da outra semana. Dessa forma, a criança começará a entender que poupar abre a possibilidade de adquirir brinquedos novos e outros itens que ela deseja, por exemplo.
Adultos estão acostumados com o conceito de dinheiro como incentivo. Na vida profissional, principalmente, bons resultados são recompensados financeiramente, como promoções, bônus por bater metas e muito mais. Porém, ao ensinar finanças para crianças, é necessário tomar cuidado.
Atrelar dinheiro como recompensa ao bom comportamento, boas notas e a cumprir tarefas domésticas é algo perigoso. A realização de tarefas que auxiliam o bom funcionamento de casa deve ser algo natural e rotineiro, e não algo que precisa ser recompensado financeiramente.
Ao oferecer dinheiro por bons resultados, a criança poderá ficar momentaneamente satisfeita, mas os efeitos a longo prazo são negativos. Além de gerar tensão, seus filhos poderão entender que os estudos e o cuidado da casa são um obstáculo para ganhar dinheiro e até a aprovação e afeto dos pais.
O processo de ensinar finanças para crianças também deve acompanhar o esforço dos pais em dar o exemplo para elas. Lembre-se que os pequenos aprendem por associação e imitação. Se eles enxergarem que os pais gastam mais do que recebem, compram coisas por impulso e não possuem um planejamento, são grandes as chances de repetir esse comportamento.
Mostre para os seus filhos que você entende a importância de poupar e planejar os gastos. Da mesma forma que eles devem saber a hora de gastar e o momento de adiar prazeres, você precisa fazer o mesmo.
Um ponto que dificulta são presentes de tios, avós e outras pessoas próximas. Principalmente em famílias pequenas, há o desejo de “mimar” a criança, seja com alguns trocados ou com brinquedos novos toda vez que há encontros de familiares.
Explique para os adultos que você está tentando ensinar um pouco sobre finanças para seus filhos, e que prefere que os presentes sejam dados em datas especiais, como aniversários, Natal e Dia das Crianças.
Começar o ensino sobre finanças para crianças é um passo fundamental da criação e do desenvolvimento dos pequenos. Se você procura organizar a rotina doméstica da sua família, baixe gratuitamente nosso guia com dicas valiosas!
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