Dicas para Mamães
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Olá pessoal, tudo bem? Hoje chegamos ao último tema da série de posts “como estimular as crianças”. E para fechar com chave de ouro vamos trazer dicas sobre um assunto que preocupa muitos dos pais: como estimular nas crianças uma alimentação saudável.
O primeiro passo é saber que a família é uma das principais responsáveis pela alimentação saudável e também pela prevenção de obesidade infantil. No começo, geralmente, todos os alimentos são bem aceitos pelas crianças. Depois de certo tempo, porém, elas passam a rejeitar algumas coisas (como as verduras) e é preciso saber lidar com isso para que a alimentação de seu filho não desande.
Sempre que puder, é importante fazer as refeições junto com a criança e comer os alimentos que gostaria que ela comesse. O melhor incentivo para os pequenos é ver os outros comendo. Por isso, quando provar a comida, faça comentários a favor da refeição e ressalte o gosto do alimento (“Essa comida está uma delícia”, “Humm, eu adoro purê de batata com frango”, por exemplo).
– Ofereça alimentos saudáveis e nutritivos, mas deixe que a criança decida o quanto quer comer (o corpo a quantidade necessária de comida).
– Se houver recusa na hora de comer não insista muito. Retire e guarde o prato feito para que quando a criança demonstre fome, ele seja oferecido novamente. Nesse momento, é muito comum oferecer outro tipo de alimento (iogurtes, bolachas, salgadinhos), o que é um erro. Ao fazer isso, a criança aprenderá que, com essa atitude, consegue substituições “mais vantajosas”.
– Estabeleça horários, tanto para as refeições, como para os lanches. Para isso, não se esqueça das rotinas de sono e descanso do pequeno. O ideal são três refeições e cerca de dois ou três lanches (frutas, iogurte com fruta, pequenos sanduíches, torrada com patê ou queijo cremoso) pequenos e nutritivos durante o dia.
– Chega uma idade que os gostos próprios começam a surgir. É importante respeitar a criança, porém, é preciso tomar cuidado para não fazer comidas especiais e separadas. A saída é oferecer o que toda a família está comendo, mas garantir que há opções que também agradem o gosto do pequeno.
– Não chantageie a criança com doces (do tipo “se você comer, ganha um chocolate”), isso porque essa atitude coloca o doce como prêmio e pode gerar problemas futuramente. Se a criança provar um alimento e disser que não gostou, não a obrigue comer, tente preparar a comida de outra forma e ofereça novamente outro dia.
– Uma boa estratégia é misturar verduras com o arroz, feijão ou carne. Dica especial: quando for cozinhar feijão, coloque junto uma beterraba, assim os nutrientes ficarão no caldo.
– Torne a refeição algo divertido. Para isso, você pode criar pratos diferentes (com carinhas, bichinhos, casinhas) e, até mesmo, brincar com os alimentos (dizer que a colher ou garfo é o avião e a boca da criança o aeroporto, por exemplo).
– Evite refeições antes da hora da soneca. Se a criança já está quase dormindo e a refeição não está pronta, escolha algo leve e guarde a refeição para quando ele acordar.
– Deixe seu filho preparar um prato saudável, escolhendo os alimentos que o vão compor. Uma dica é irem pais e filhos juntos para a cozinha para preparar refeições saudáveis – para isso, apresente as opções para que a criança escolha. Vocês podem até fazer um concurso para escolher o prato mais gostoso.
As crianças e a alimentação saudável
Os hábitos alimentares são constituídos, principalmente, na infância, justamente a época em que os pais são responsáveis pela alimentação e controle dos filhos. Por isso, são as pessoas mais importantes para o estabelecimento de uma alimentação saudável.
Todos os dias, a criança precisa ingerir alimentos de todos os grupos alimentares:
– Carboidratos: responsáveis por fornecer energia ao organismo. Devem ser oferecidos em todas as refeições principais, e, com moderação, nos lanches.
– Frutas, verduras e legumes: Devem ser oferecidos em todas as refeições, assim, a criança percebe que fazem parte dos hábitos alimentares da família.
– Alimentos ricos em ferro e proteína: carne, frango, peixe, ovos e leguminosas (feijão, grão-de-bico, ervilha, lentilha). Devem estar presentes em uma ou duas refeições por dia.
– Leite, queijo e iogurte: Devem ser oferecidos pelo menos três vezes ao dia. O leite e seus derivados fornecem a quantidade necessária de cálcio para o crescimento dos ossos. Dica: antes de 1 ano, as crianças precisam de muito leite; entre 1 e 3 anos, a quantidade necessária diminui.
Alimentos gordurosos ou com muito açúcar devem ser dosados. Apesar de fornecer bastante energia, em excesso, podem ser prejudicáveis. Cuide também com doces e chocolates, comida muito salgada (salgadinhos são liberados no máximo uma vez por semana), peixes gordurosos, nozes e castanhas (dependendo da idade, pode engasgar), adoçantes.
Há, ainda, alguns alimentos que podem fazer mal às crianças, dependendo da idade. Chá e café, por exemplo, podem reduzir a absorção de ferro pelo organismo. Crianças menores possuem imunidade mais baixa, dessa forma, ovos crus e frutos do mar não devem ser consumidos, pois podem provocar intoxicação alimentar. Da mesma forma, crianças não devem consumir alguns tipos de peixes grandes (como cação e tubarão), já que acumulam substâncias tóxicas, como o mercúrio.
Oferecer e manter hábitos alimentares saudáveis nem sempre é fácil, já que, muitas vezes, exige mais tempo e cuidado no preparo, mas é muito importante. E lembre-se que os pais são os principais responsáveis por estimular nas crianças uma alimentação saudável. Até a próxima.
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